CONVERSA AGRADÁVEL NO BALCÃO DO ESPAÇO CULTURAL DA ZAZA.
-GREGÓRIO DE MATOS?
-SIM.
Gregório de Matos, nasceu na Bahia, foi um dos poetas brasileiros mais conhecido no periodo Barroco
Famoso advogado do periodo colonial.
Poemas e sonetos satíricos, muitas vezes atacando a Igreja e a sociedade. Por causa da sua forte personalidade e rebeldia foi altamente perseguido
Poemas de Gregório de Matos
Para melhor compreender melhor o estilo e a linguagem de Gregório de Matos, leia dois sonetos do poeta:
À cidade da Bahia
“A cada canto um grande conselheiro.
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.”
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.”
Contemplando nas cousas do mundo
“Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por Tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra, o que mais chupa.
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra, o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazio a tripa,
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.”
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.”
Leia também:
Frases de Gregório de Matos
- “De que pode servir calar, quem cala nunca se há de falar, o que se sente? Sempre se há de sentir, o que se fala!”.
- “Se és fogo, como passas brandamente, se és neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente!”
- “Eu sou aquele, que passados anos cantei na minha lira maldizente torpezas do Brasil, vícios, e enganos”
- “Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura?”
- “O honesto é pobre, o ocioso triunfa, o incompetente manda.”
- “Se justificam mentindo com pretextos enganosos, e com rodeios fingidos.”
LEIS ESTES POEMAS DE GREGÓRIO DE MATOS.






Nenhum comentário:
Postar um comentário